E ae galera, tudo bem?
Após o segundo lançamento do ano, Ed Lopes segue trabalhando em consolidar o seu espaço no cenário da música eletrônica brasileira.
O DJ e produtor estreou na label Cactunes Records com a faixa “Stop”, que diz muito sobre o seu estilo e os próximos passos dessa trajetória. O primeiro lançamento de 2021 foi “Stay In Me”, que já conta com mais de 161 mil streams no Spotify.
Em bate papo com Houseando, Ed Lopes nos contou tudo o que você precisa saber sobre o DJ e produtor. Prometendo trazer as sonoridades Progressive House, Afro House e Melodic Techno, o paulista expõe também sua parceria com a Cactunes e já adianta que podemos esperar mais lançamentos dele por lá.
Confira na entrevista mais detalhes sobre “Stop”, suas inspirações dentro do estúdio, entre outras curiosidades do DJ que está apenas começando.
1 – Parabéns por mais um lançamento, Ed Lopes! Conte-nos mais sobre essa track e o que ela representa pra você.
“Stop” é uma consolidação do meu estilo, que hoje certamente habita no Progressive House, apesar de alguns lançamentos programados estarem mais na linha do Afro House e do Melodic Techno. Acredito que manter a versatilidade é fundamental para explorar ao máximo as inspirações que tenho tido. A música tem um bassline forte e uma construção progressiva e dançante. Recentemente lancei um set 50% autoral que já conta com ela – considero que o encaixe entre outra música autoral e uma track do Tale of Us validou a hipótese sobre a força da track. O set pode ser conferido no meu Soundcloud (edlopesmusic).
2 – Esse é o seu segundo lançamento do ano. Fale como está sendo conciliar sua carreira como CEO e sua carreira musical.
Sem meias verdades? Uma loucura! A mesma pandemia, que entre tantas coisas negativas, trouxe a oportunidade de dedicar mais tempo à música, também está impactando bastante os negócios. Tenho dedicado 25 horas por dia para entregar o que é prometido na carreira corporativa e na música, mas nunca estive tão feliz com o que eu faço.
3 – “Stop” é a sua estreia na label Cactunes Records. Conte um pouco mais sobre essa conexão e sobre sua experiência com a nova gravadora, que promete desenvolver o cenário.
A Cactunes tem uma proposta única, que é ser o “one-stop-shop” do artista. Todos nós, entre artistas experientes e novatos na cena, estamos cansados de ego, ineficiência e falsas promessas por parte de alguns players antigos da indústria. Além de uma equipe com habilidades diversificadas – da produção musical ao marketing e comunicação – a Cactunes conta com algo que acho fundamental: o mix ideal de ambição e ética. Nota 10/10 nesse primeiro lançamento (tanto que temos outros dois no radar!). Não tenho dúvidas que um dia direi com orgulho que eu, assim como Këra, João Faria e alguns outros, fizemos parte do começo de uma trajetória gigante.
4 – Sobre suas produções: quais são suas inspirações dentro do estúdio?
Recentemente vi uma fala do D-nox & Beckers que resume bem o que eu penso. A inspiração pode vir de qualquer lugar, desde algo que acontece na rotina fora dos estúdios (uma música, um momento etc) até de uma jam session despretensiosa. Como exemplo, estou trabalhando agora em uma música que surgiu na minha mente durante um ritual religioso. Eu tive clareza sobre cada instrumento e sobre o feeling da música quase como em uma visão. Em breve vocês vão ouvir!
5 – Se você pudesse escolher três artistas brasileiros que adoraria realizar algum trabalho, quais seriam?
Pergunta difícil, mas acho que o Vintage Culture, pela relevância, diversificação e qualidade da obra, estaria em primeiro da lista para as tracks que tem mais fit com o estilo dele. Tenho acompanhado muito o som de outros artistas do Brasil, como Dashdot e Evokings.
6 – Pode nos dar um spoiler do que podemos esperar do Ed Lopes este ano?
A promessa de pelo menos uma track por mês – quem sabe mais? – e força total quando as pistas voltarem!
