Por Nicolle Prado
Quando pensamos em Jazz e Música Eletrônica, os dois gêneros parecem estar em lados opostos de uma régua e a ideia de tentar misturá-los seria como água e óleo. Mas a verdade é que, na prática, essa combinação pode ser bem interessante. Se construída de forma inteligente, pode trazer resultados impressionantes.
Nos últimos tempos, diversos produtores têm provado isso, apresentando uma nova roupagem ao estilo musical criado nos Estados Unidos no início do século XX, que quando se funde às batidas contagiantes do dance music ganha ainda mais vivacidade.
Lucas Cavalcante, nome por trás do projeto Felpasz, é um dos artistas que aprovam essa fusão de elementos. Além de ser produtor, compositor, professor de música e arranjador, ele também é um ávido pesquisador, tendo uma carreira de mais de 20 anos, na qual realizou experimentações que vão do Rock e Música Eletrônica à Música Clássica e Jazz. Hoje, a sua sonoridade transparece todas essas influências, resultando em uma identidade singular.
Com um conhecimento musical tão extenso, sua bagagem de referências carrega os mais diferentes estilos, e claro, tem muitos artistas do Jazz que o inspiram em suas criações dentro da Dance Music. Por isso, convidamos Felpasz para compartilhar alguns dos nomes desta vertente que podem ser mesclados com o House. Confira:
“Chick Corea, principalmente o seu trabalho com ‘Return to Forever‘. Inspiração e música para mais de séculos.”
“Miles Davis. Outro cara que tem uma infinidade de conteúdo para inspiração.”
“Al Di Meola. Apesar de ser mais do Jazz Fusion, o guitarrista é craque em ritmos e sonoridades mais latinas e exóticas. Sempre me pego voltando para suas obras e suas colaborações com outros grandes mestres.
“Pat Metheny. Além do acervo incrível com as canções do repertório clássico de jazz (Jazz Standards), ele explorou e inovou muito, utilizando sintetizadores e parafernálias musicais bem à frente da época, lugar comum hoje na produção de música eletrônica e música experimental.”
“Tom Jobim. Não poderia deixar de mencionar o maior gênio da música brasileira. Sempre que tenho oportunidade, eu dou uma ‘roubada’ em algumas ideias dele.”
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